Irmão Rafael Jácome
Quando analisamos a questão sobre pobreza na ótica dos subtemas abordados nas postagens anteriores (1 e 2), podemos afirmar que é esta a chave do erro da Teologia da Libertação, dos seus teólogos e bispos da Igreja Romana: o não entendimento de que só a Bíblia é a única autoridade para todos os assuntos de fé e prática; a salvação é pela graça de Deus apenas, e que nós somos resgatados de Sua ira apenas por Sua graça; é pela fé em Cristo que Sua justiça é imputada a nós como a única satisfação possível da perfeita justiça de Deus; a salvação é encontrada somente em Cristo e que unicamente Sua vida sem pecado e expiação substitutiva são suficientes para nossa justificação e reconciliação com Deus, o Pai; e Glória somente a Deus.
Analisemos alguns pontos da Teologia da Libertação, sem estudos aprofundados, mas explorando alguns temas defendidos pelos mesmos:

No contexto da dimensão social a situação era caracterizada por Puebla de “pecado social” (n.17) e de “permanente violação da dignidade social” (n.22), a posição era o combate: “A igreja condena aqueles que tendem a reduzir o espaço da fé ávida pessoal ou familiar, excluindo a ordem profissional, econômica, social e política, como se o pecado, o amor, a oração e o perdão não tivessem aí relevância” (n.381). Na realidade a busca era “encontrar os melhores passos que conduzissem à paz da sociedade e à conversão do coração de cada homem. A consciência mais aguda do caráter oneroso do caminho, dos possíveis desvios, retrocessos e emperramentos, nos pode conferir mais humildade e temperança em nossas afirmações”. Declarava Leonardo Boff.
Para as questões latentes dos textos de Puebla, os teólogos da libertação eram a favor da contribuição da tradição marxista na análise da realidade. Pegando carona no método de Paulo Freire do ver, julgar e agir, partia-se da percepção e análise da realidade (social). Em tese, consistia que na medida em que a consciência se torna crítica, supera o mero empirismo (descrição e justaposição dos fatos) e o simples funcionalismo (considera a sociedade a partir das instituições e das distintas funções ou disfunções) e chega a uma análise mais estrutural e dialética da realidade, de modo especial aos conflitos sociais, onde as forças produtivas questionam as relações de produção.

A PAZ DO SENHOR! Rafael Jácome
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