Por Rafael Jácome
A EVASÃO DE CERÉBROS BRASILEIROS
Os
países que alcançaram um bom nível de desenvolvimento econômico e social
investiram fortemente em educação, aproximadamente 9% do PIB (Produto Interno
Bruto). No Brasil é aplicado algo em torno de 4%, em São Paulo, o estado mais
desenvolvido do país, aplica aproximadamente 3% no setor. Por Lei (Constituição
Federal de 1988) estados e municípios são obrigados a aplicar 25% do total dos
seus recursos, enquanto que a União nunca menos de 18%.
O
Brasil precisa rever suas políticas públicas educacionais, não só na base, no
ensino básico, mas em todos os níveis – um sistema educacional universalizado e
de boa qualidade. Atingindo finalmente os pesquisadores que são formados pelas
universidades, financiando a formação dos cientistas em instituições
brasileiras ou no exterior, por meio de bolsas de estudos, aparelhar e manter
laboratórios e remunerar com salários compatíveis com o mercado internacional.
Os
salários não podem ser baixos, senão ocorre a chamada “evasão de cérebros”, isto é, cientistas e pesquisadores
emigram para países que os remunerem melhor e de maneira mais compatível com
seus conhecimentos. Um país que não tiver pesquisas que possibilitem produzir
mercadorias tecnologicamente avançadas, está condenado a ficar para trás na
corrida em busca de mercados, e o que é pior, a criar grandes obstáculos para
seu crescimento econômico.
Verdadeiramente
o nosso país necessita de um projeto nacional de desenvolvimento que concentre
o estado em questões estratégicas, procurando articular o desafio da
modernização de estrutura produtiva, com a superação da opressão social que
atinge mais de 30 milhões de brasileiros que sobrevivem abaixo da linha de
pobreza. Essa realidade exige clareza às prioridades do país e nada é mais
importante do que a educação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário