Por David Wilkerson
Um clamor
contra a alarmante
O país está rapidamente se
tornando uma sociedade encharcada de álcool e com muita gente intoxicada. O
álcool agora é o bezerro de ouro moderno, e milhões de pessoas jovens ou
velhas, homens ou mulheres, foram seduzidas por ele. Os abstêmios, os que
apoiam a lei proibindo a venda de bebidas alcoólicas, e todos os demais que durante
anos combateram este dilúvio de bebedeira se tornaram objeto incomparável de
riso. Rimos com desdém das antigas senhoras que saiam quebrando barris de
uísque, fechando bares e botecos e recolhendo garantias de abstinência.
Fico profundamente irritado
com os cristãos que bebem, devido ao terrível exemplo que dão para os jovens! O
país agora enfrenta uma praga de bebida no meio dos jovens. Hoje as duas
palavras mais populares na escola são “zoar e beber.” O álcool está se disseminando
em nossas escolas como um incêndio sem controle. Os garotos me dizem que 80% da
classe não só bebem, como ficam bêbados. Estamos diante da possibilidade de
termos mais de um milhão de jovens alcoólatras no próximo ano. Tenho ajudado
viciados em drogas há 20 anos. Mas esta explosão de bebida que assola o país me
dá medo. Eles agora bebem porque acham que o álcool não os vai “enterrar” como
as drogas! A bebida agora é a “maconha líquida” preferida. Em toda parte onde
se vêem os adolescentes se embriagando, eles dizem: “Agora não tem polícia,
pais ou políticos que possam encrencar com a gente - porque todos também estão
fazendo isso. Finalmente achamos uma coisa legal que não leva a gente pra
cadeia!”
Não quero entrar naquela
velha discussão em relação à Bíblia e o vinho fermentado em contraposição ao
suco de uva. Mas quanto mais vejo estes jovens estourados, arrebentados,
desesperadamente afundados na bebida - mais fico convencido que Jesus não
enganou aquela multidão nas bodas de Canaã, servindo a mesma coisa que está destruindo
os nossos jovens hoje.
disseminação da
bebida entre os cristãos
“O vinho é escarnecedor, e a
bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio”
(Provérbios 20:1).
Nós, modernos e liberais
resolvemos que beber está na moda. Agora, beber socialmente é considerado sofisticado, urbano, pra frente. Experimente
dizer “Não” à aeromoça que fica forçando drinks desde que você entra até que
desça do avião. “O que o senhor quer dizer, não aceita drinks?” Ela olha como se
você fosse um maluco por recusar bebidas grátis.
Hoje em dia as pessoas se
ofendem quando você recusa seu convite para um gole. Elas tentam lhe deixar com
a impressão de ser inamistoso por não acompanhá-las, ou que você está querendo
se mostrar “santinho”. Nem o presidente Carter conseguiu tirar as bebidas da
Casa Branca.
“Não estejas entre os
bebedores de vinho...” (Prov. 23:20).
Para mim, a tragédia maior é
que tantos assim chamados “cristãos” agora estão bebendo. Eu os chamo de “santos
que bebem um golinho”, porque é assim que começa - um gole de cada vez. Recente
pesquisa revela que 81% dos católicos e 64% dos protestantes bebem. Estes
números chocantes crescem cada mês. A atitude permissiva para com o beber
socialmente está rapidamente se infiltrando até mesmo dentro dos círculos mais
conservadores das igrejas evangélicas. Tenho pregado em convenções carismáticas
onde milhares de santos “cheios do Espírito” levantam as mãos em louvor e
adoração a Deus - e após serem dispensados, um monte deles sai para o
estacionamento, abre os porta-malas e pega embalagens de seis latas e as passa
para os companheiros de adoração. Outros pedem coquetéis às refeições nos
restaurantes, no intervalo do louvor. Voltam “falando em línguas” enroladas.
“Liras e harpas, tamboris e
flautas e vinho há nos seus banquetes; porém não consideram os feitos do Senhor,
nem olham para as obras das suas mãos” (Isaías 5:12). O profeta Isaías tem uma
mensagem para todo o movimento carismático - seja nos círculos católicos ou protestantes.
“...o meu povo será levado
cativo, por falta de entendimento...Mas o Senhor dos Exércitos é exaltado em juízo;
e Deus, o Santo, é santificado em justiça” (Isaías 5:13,16).
O profeta Oséias diz: “...o
vinho e o mosto tiram o entendimento” (Oséias 4:11).
Isto sugere que os santos
que bebem um gole têm corações divididos. As pessoas cheias do Espírito
reivindicam “sacerdócio real” junto ao Senhor. A Bíblia enfaticamente declara:
“Não é próprio dos reis
beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte. Para que não bebam, e se esqueçam
da lei...” (Provérbios 31:6). Uma admirável senhora cristã me escreveu dizendo:
“Somos cristãos que frequentam muito a igreja. Amamos o Senhor e não vemos
absolutamente nada de mal em servir vinho em casa. Bebemos com moderação, e
nossos filhos estão aprendendo a beber sob nossa supervisão. Eles não exageram.
Nunca vimos ninguém bêbado em casa. O senhor está simplesmente nos fazendo
sentir culpados, empurrando essa sua ética fundamentalista para cima da gente.
Não fomos educados em baixo de tabus legalistas como o senhor certamente foi.
Francamente, senhor, os nossos hábitos de bebida não lhe interessam.”
Que Deus abençoe esta
prezada senhora - mas um dia desses o problema vai ser meu. Começa a ser
problema meu quando estes adolescentes saem com os amigos e ficam bêbados. Hoje
mesmo uma de nossas estudantes, uma alcoólatra convertida me disse como virou
beberrona. Os pais lhe ensinaram como beber com moderação. Em festas,
aniversários, e quando chegava visita, todo mundo tomava um drink social. Era
servido às refeições. Ela admirava e amava os pais. Eles rejeitavam as
bebedeiras, porém tinham um bar em casa. Esta jovem começou a ir às festinhas
de adolescentes e a beber socialmente com a turma. Isso a levou a beber nos clubes.Por
fim, com o acúmulo dos problemas, passou a depender violentamente do vinho. Ela
acabou numa instituição mental, como alcoólatra consumada. Esta mesma história
me é repetida toda hora de norte à sul do país. Quantas, quantas vezes ouvi
isso: “Meus pais eram considerados bons cristãos. Iam à igreja. Mas sempre
servimos vinho ou cerveja em casa. Meu irmão mais velho bebia moderadamente e
era o meu herói. Eu bebia para ser igual aos meus pais e ao meu irmão mais velho,
mas não conseguia. Mas me fizeram achar que bebida era uma coisa que as pessoas
de bem usam.”
Será que sou preconceituoso?
Cabeça muito pequena nesta área? Claro que sim! E tenho motivo para isso. O meu
próprio irmão, filho de pastor, começou a beber cerveja com moderação - só para
se sociabilizar com os amigos. Ele acabou virando alcoólatra, levando a esposa
e os adoráveis filhos a continuarem seu hábito. Graças a Deus ele hoje está
salvo e de volta à família. Mas enviei meu irmão Jerry com um grupo de
convertidos à Europa para testemunharem sobre o que Cristo fez na sua
libertação do poder do álcool. Os cristãos na Europa com júbilo se alegraram
com os testemunhos de libertação das drogas e da prostituição - mas não
quiseram ouvir uma palavra sobre a libertação de Jerry em relação ao álcool.
Por que? Porque os cristãos europeus engolem vinho e cerveja como água. Isto
partiu o coração dele. Já ouvi
todas as desculpas para a bebida entre os europeus - e não posso aceitar
nenhuma delas. Põem a culpa na água impura. Dizem que é algo arraigado na
cultura e nos seus costumes. Bebem porque “sempre beberam”.
Como ficaram profundamente
ofendidos alguns pastores em Paris na França, quando recusei beber vinho. Missionários
americanos, que facilmente adotaram os costumes europeus, me disseram que eu
deveria “em Paris, ser igual aos parisienses!” E então, como fiquei eu
profundamente ofendido quando alguns destes mesmos ministros ficaram tão
bêbados, que não aguentavam ficar acordados durante a minha cruzada. Há uma
incidência alarmante de alcoolismo e bebedeira nos círculos cristãos na Europa.
Eles ficam bêbados mesmo! Não são nem um pouco moderados! Nenhuma das desculpas
convence. E que falsidade os cristãos americanos beberem “só na Europa”. Nem
chegam perto do álcool nos Estados Unidos, mas acham “legal” se juntarem aos
irmãos de lá bebendo uns golinhos!
Cristo veio para cumprir a
lei! A lei diz: “O vinho é escarnecedor...todo aquele que por ele é vencido não
é sábio”. Cristo foi ludibriado? Será que Ele serviria uma bebida que levaria
um homem saído da festa a bater na esposa? E no tribunal seria perguntado a
este homem: “Como você ficou tão embriagado?” E o condenado responderia: “Fui à
uma festa de casamento. Jesus de Nazaré serviu uma bebida muito forte. Ele me
deixou bêbado.”
Não consigo conceber a idéia
de que Jesus decepcionaria aquela multidão, e serviria uma bebida que poderia levar
ao mau se tomada em exagero. Creio que o elixir que Jesus serviu foi o puro
suco da vinha - um ponche sobrenatural tão cheio da combinação genuína da
natureza, que foi uma transformação única e recebida com prazer! Será que Jesus
adicionaria conteúdo alcoólico à Sua bebida sobrenatural e a tornaria a “número
um” quando a lei diz: “Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho,
quando resplandece no copo e se escoa suavemente” (Prov. 23:31)? Isso foi
escrito por um rei que “se deu ao vinho” (v. Eclesiastes 2:3). E Jesus não iria
nunca, nunca fazer com que os convidados se dessem ao vinho embriagante.
Paulo também conhecia a lei.
Ele respeitava a sabedoria de Salomão. Suco puro da uva é bom para a saúde! É nutriente.
Mas o vinho fermentado não é mais nutritivo, segundo um médico amigo meu que já
leu muito sobre o assunto. Como Paulo poderia recomendar a bebida de vinho
alcoólico quando a lei que respeitava exortava: “Não estejas entre os bebedores
de vinho...” ? Mas a questão real não é se o Novo Testamento se refere ou não a
vinho fermentado ou a suco de uva. A questão real é o abuso que hoje prevalece
tanto. Salomão tinha três mil esposas; uma vez Moisés autorizou o divórcio.
Deus permitiu! Mas Deus não permite que Suas leis se tornem tão desmoralizadas
e insultadas. Veja onde nossa permissividade nos levou: danceterias assim
chamadas cristãs, servindo cerveja com dança de músicas cristãs. “Cristãos”
rolando no rock, bebendo.
“Para que não bebam, e se
esqueçam da lei...”
Estamos esquecendo as leis
de Deus, as próprias leis que Jesus disse ter vindo cumprir. Agora deixamos que
uma sacerdotisa lésbica seja ordenada na igreja Episcopal. Os homossexuais não
só exibem seu pecado, como ousadamente buscam reconhecimento e força dentro da
igreja. Um milhão de divórcios novos este ano. Dez milhões de garotos vítimas
de lares desfeitos. Danças com nus no santuário da igreja. Ministros liberais
zombando dos antigos padrões sexuais bíblicos. Agora eles ensinam assim aos
meninos: “A masturbação é um presente de Deus para aliviar a tensão.”
E para completar toda a
desobediência, algumas agências de nossa igreja têm servido como fachadas para anarquistas
comunistas anti-Deus, que procuram destruir a democracia - usando o dinheiro de
missões das igrejas para contratar ações secretas de violência. Os cristãos
bebem por causa da ignorância? Ninguém os confrontou com a Palavra de Deus?
Será que estes novos convertidos do movimento de
Jesus bebem para provar que são liberados e não estão sob a lei?
Uma jovem senhora, membro de
uma comunidade cristã de amor, me escreveu recentemente e disse: “Claro, nós todos
bebemos. Jesus bebeu; Paulo bebeu! A Bíblia não deixa o assunto claro. Nossos
líderes bebem com moderação. Todos são bons mestres bíblicos e viajam, falando
nas reuniões dos jovens.” Sim - e sei que alguns deles também fumam. Eles
misturam Jesus com rock pesado, e só Deus sabe até onde vão as concessões. Eles
parecem achar que acrescentando a palavra “Jesus” à alguma coisa, a torna
santificada e tudo bem.
Você diz: “Não julgue,
David! E a trave no seu olho?”
Não sou o juiz de ninguém.
Não me coloco como porta voz de nenhum grupo. Mas Paulo diz: “nós julgamos os
aqui de dentro - Deus julga os lá de fora.” É hora de julgamento! É hora de
todos os cristãos que bebem serem desafiados! É hora do Espírito Santo expor
esta atitude frouxa e despreocupada de “liberou geral”. Se é errado para os
meus queridos alcoólatras, viciados e prostitutas convertidos beberem mesmo que
moderadamente, então é mortalmente errado que os cristãos amadurecidos bebam e
lhes dêem um mau exemplo. E fico muito aborrecido e espiritualmente indignado
quando os cristãos que bebem chegam para mim dizendo: “Ah, você é bem um
santinho fundamentalista bitolado. Nós, cristãos modernos e liberais somos
livres em Cristo. Não estamos embaixo da lei. Não vamos ficar presos por seus
ataques à nossa liberdade.”
Isso é uma ofensa à tudo em
mim que aspira à piedade e à santidade. Isso é uma ofensa à todo
recem-convertido a quem Deus trouxe convencimento a respeito do antigo hábito da
bebida. E a Bíblia diz: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes
pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço
uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Ai do mundo,
por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do
homem pelo qual vem o escândalo!” (Mateus 18:6-7).
Recuso-me a ceder à
crescente pressão do mundo - disfarçada de liberdade espiritual! O que
aconteceu conosco, santos de Deus - que conseguimos ficar sentados sem tomar
uma atitude, e não repreender estes princípios que corroem a moral tão depressa
na casa de Deus? Creio na gratuidade da graça, mas não na licenciosidade. Creio
na justiça imputada de Cristo, pela fé. Mas também creio que a santidade de
Deus requer que “não toquemos o que é impuro.” Creio também que os pastores que
fumam não estão sendo honestos com Deus. Estes “profetas da fumaça” recusam-se a
praticar o que pregam. E pastores que bebem são uma acusação contra o nome e o
poder de Deus. Não se trata de um esforço para condenar os verdadeiros
ministros do evangelho. Mas como podemos nós, como ministros e pais pedir aos
nossos filhos que parem de usar drogas e álcool, se não queremos limpar nossas próprias vidas - e dar o exemplo tornando-nos
semelhantes a Cristo?
Às vezes, só por um
instante, fico pensando: “Talvez o errado seja eu. Talvez estes novos cristãos
que se enfiam no rock, fumam, bebem, e que voltam aos seus antigos buracos para
cantar, entreter, e representar - talvez eles tenham visto algo em Deus que eu
ainda não vi. Talvez estas mudanças tão bruscas não sejam concessões, mas um
sinal de maturidade e crescimento. Pode ser que eu seja muito antiquado, esteja
muito por fora para reconhecer alguma coisa nova que Deus esteja fazendo.”
Mas então começo a comparar
o som estridente e agitado da música deles com antigos hinos como “Rocha
Eterna” e “Santo, Santo, Santo.” E tenho vontade de chorar! Vejo-os voltando
àqueles clubes enfumaçados para entreter a multidão de beberrões na pretensão
de levá-los a Jesus, e aí os comparo aos milhões do povo de Deus ao longo dos
séculos, desde os mártires até os viciados e bandidos de hoje, que se
converteram e que abandonaram o mundo e tudo que está ligado a ele, para levar
adiante a repreensão de Cristo. Começo a chorar pelos cristãos que fazem
concessões. Sei que não estou errado.
Por favor, não fique bravo
comigo! Se você é um dos santos que bebem um golinho, não permita que sua mágoa
ou raiva lhe roubem a verdade. Se você ficou ressentido por esta mensagem que
prega a separação, é provavelmente porque Deus já lhe convenceu - e Ele agora
está querendo que você desfrute de liberdade completa. Ore também para que Deus
coloque no coração dos ministros por todo o país - se levantarem firmemente nos
púlpitos contra esta insidiosa tendência.
Ore por nossos adolescentes!
As pressões que recebem para beber com a turma aumentam todo dia. Eles precisam
ser encorajados a se levantar e resistir, para que não sejam atraídos para este
rodamoinho da bebida. Mesmo que você não “sinta-se convencido” - abstenha-se
pela simples mas poderosa razão de dar um exemplo para a juventude!
“Para quem são os ais? Para
quem os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para quem, as
feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos? Para os que se demoram em
beber vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o
vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.
Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco. Os teus olhos
verão cousas esquisitas, e o teu coração falará perversidades” (Provérbios
23:29-33).
O reverendo David Wilkerson começou sua carreira em meados de
1958 pregando para pessoas marginalizadas nos suburbios de Nova Iorque e teve grande sucesso principalmente
após a conversão de Nick Cruz que era um chefe de uma temida gangue
local. O seu livro autobiografico A Cruz e
o Punhal conta exatamente esse período de sua vida que durou 5
anos.
Após esse periodo foi o fundador do "Desafio Jovem", um ministério destinado a
resgatar jovens problemáticos, membros de gangues, viciados em drogas e
alcoólatras, e de outras organizações destinadas a atividades evangelísticas
para jovens.
Em 1987 veio a fundar no coração de nova iorque, a igreja que ficou conhecida a
igreja da Times Square. [1].
Escritor de dezenas de livros dentre eles o Best Seller A Cruz e
o Punhal que conta a historia de sua chamada até a fundação do
"Desafio Jovem"
Morreu aos 79 anos. O fundador da Igreja de Times Square, em Nova
Iorque, sofreu um acidente de carro no Texas na tarde de quarta-feira, 27 de
Abril de 2011.[2].
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