Por Rafael Jácome
Quando Narciso morreu, as flores do campo ficaram
desconsoladas e pediram ao rio algumas gotas d'água para chorarem por ele. "Ah!", respondeu o rio, "se todas as minhas gotas d'água fossem lágrimas, eu ainda não teria o suficiente para
chorar por Narciso. Eu o amo". "Ah!", responderam as flores do campo, "como poderias ter amado Narciso? Ele era lindo". "Ele
era lindo?", perguntou o rio. "Quem poderia saber melhor do que tu?
Todo dia ele se debruçava em tuas margens e contemplava a sua beleza em tuas águas". "Eu o amava", respondeu o rio, "porque quando ele se debruçava sobre as minhas águas, eu via o reflexo
de minhas águas em seus olhos".
Oscar Wilde, "O discípulo" (Ellmann, 355-357)
Quando Narciso morreu, as flores do campo ficaram
desconsoladas e pediram ao rio algumas gotas d'água para chorarem por ele. "Ah!", respondeu o rio, "se todas as minhas gotas d'água fossem lágrimas, eu ainda não teria o suficiente para
chorar por Narciso. Eu o amo". "Ah!", responderam as flores do campo, "como poderias ter amado Narciso? Ele era lindo". "Ele
era lindo?", perguntou o rio. "Quem poderia saber melhor do que tu?
Todo dia ele se debruçava em tuas margens e contemplava a sua beleza em tuas águas". "Eu o amava", respondeu o rio, "porque quando ele se debruçava sobre as minhas águas, eu via o reflexo
de minhas águas em seus olhos".
Oscar Wilde, "O discípulo" (Ellmann, 355-357)
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