Por Rafael Jácome
Caifás foi o sumo sacerdote por
18 anos, A.D. 18-36. Aparentemente, obteve esta posição através do casamento
com a filha de Anás, chefe de um poderoso clã de sumo-sacerdotes (João 18:13).
Caifás é considerado vil por ter sido o líder na conspiração que culminou na
crucificação de Jesus. Em uma reunião de líderes religiosos, Caifás declarou
que "vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça a nação
toda" (João 11:50). Ele se referia à possível intervenção de autoridades
romanas caso os ensinamentos de Jesus gerassem uma insurreição. Suas palavras
foram proféticas no sentido em que Jesus morreu pelas pessoas, por todas elas
do mundo, como sacrifício de expiação dos pecados.
Após ter sido preso, Jesus foi
levado à casa de Caifás e ali detido pela noite. Os guardas zombavam dele e
feriam-no (Lucas 22:63-65). Na manhã seguinte Ele foi interrogado e novamente
agredido. Caifás lhe perguntou "És tu o Cristo (Messias), o Filho do Deus
bendito?" "Eu sou", Jesus respondeu (Marcos 14:61-62). Caifás
então entregou Jesus a Pilatos para ser julgado.
Após a crucificação de Jesus,
Caifás continuou a perseguir a igreja primitiva, levando os apóstolos a líderes
religiosos e dizendo-lhes: "Não vos admoestamos expressamente que não
ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina e
quereis lançar sobre nós o sangue desse homem (Jesus)." Pedro e os outros
apóstolos responderam: "Importa antes obedecer a Deus que aos homens"
(Atos 5:28-29).
A tumba da família de Caifás foi
acidentalmente descoberta por operários que construíam uma estrada em um parque
ao sul da Antiga Jerusalém. Os arqueologistas foram então ao local em regime de
urgência e encontraram 12 ossuários (caixas para ossos feitas de calcáreo) ao
examinar o local contendo os restos mortais de 63 indivíduos. O ossuário mais
ornamentado tinha a inscrição de nome "José filho de (ou da família de)
Caifás." Este era o nome completo do sumo sacerdote que prendeu Jesus,
documentado como Josephus (Antiguidades
18: 2, 2; 4, 3). No seu interior existiam os restos de um homem de 60 anos, que
quase certamente pertenciam ao mesmo Caifás do Novo Testamento. Este memorável
achado provê, pela primeira vez, os restos físicos de um indivíduo descrito na
Bíblia.
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