Por Rafael Jácome
Fonte: Texto extraído da Internet
Fonte: Texto extraído da Internet
“O diabo
o levou a um monte muito alto e lhe mostrou todos os reinos do mundo e
seu esplendor” (Mt. 4.8)
Se há um guia turístico que não merece a menor confiança, este não é outro
senão o diabo.
Ele mostra o que quer mostrar. O que é de seu interesse. O que lhe traz
vantagem pessoal. O diabo sabe desconversar, sabe despistar, sabe desnortear. É
até capaz de cegar “o entendimento dos incrédulos, para que não vejam a luz
do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2Co 4.4).
O enganador mostra a árvore do conhecimento do bem e do mal e aponta para o seu
fruto, mas tira da memória a palavra anteriormente proferida por Deus, de que
se o homem comesse aquele fruto certamente morreria (Gn 2.16-17; 3.1-7).
O enganador mostra a Davi, num relance, a esposa de um general do seu exército
nuazinha, tomando banho, e desperta nele uma vontade incontrolável de se deitar
com ela, mas esconde do pobre homem o grande sofrimento e o arrependimento que
o rei teria em seguida (2Sm 11.1-12.25).
O enganador mostra ao jovem carente de juízo, a cama arrumada e perfumada da
linda mulher adúltera cujo o marido está viajando, mas não deixa o rapaz saber
que ele é “como o boi que vai para o matadouro” ou “como a corsa que
corre para a rede até que a flecha lhe atravesse o coração” (Pv 7.1-27).
O enganador mostra o estranho prazer das compras, das possessões, das riquezas,
mas oculta o vazio de tudo isto, a eterna mesmice da vida desligada de Deus e a
vaidade de tudo (Ec 1.1-6.12).
O enganador mostra o argueiro que está no olho do outro, mas não deixa você ver
a trave que está em seu próprio olho (Mt 7.3).
O enganador mostra a porta larga e o caminho espaçoso, a quantidade enorme de
pessoas que entram por ela e a pesquisa de opinião pública que é favorável a
esta via, de forma esmagadoramente contrária à porta estreita e ao caminho
apertado, mas não revela que o caminho espaçoso conduz à perdição total e
irreversível (Mt 7.13-14).
O enganador mostra que não compensa guardar puro o coração e lavar as mãos na
inocência, porque os maus prosperam mais do que os bons, mas faz segredo da
justiça de Deus que, se não galardoa o justo nesta vida, há de dar-lhe salvação
eterna e galardão eterno (Sl 73 1-28).
O enganador é capaz de mostrar a glória dos reinos deste mundo (Mt 4.8)
e esconder a glória de Jesus Cristo (2Co 4.4).
O enganador mostra a leve e momentânea tribulação a que estão sujeitos os
seguidores de Jesus, mas nem sequer faz referência ao eterno peso de glória,
acima de
toda a comparação que lhes há de acompanhar (2Co 4.17).
O enganador mostra o poder de seus magos em transformar com ciências ocultas,
varas em cobras, mas esconde a cena seguinte que mostra a vara de Arão
devorando as varas deles (Êx 7.8-13).
O enganador mostra o Jesus desfigurado sem aparência nem formosura, desprezado
e rejeitado por todo mundo (Is 53.2), montado num jumentinho,
ridicularizado, pregado numa cruz entre dois criminosos e abandonado por seus
discípulos, mas omite a rasgadura do véu do templo, o túmulo vazio, as
aparições de Jesus com muitas provas incontestáveis, a sua ascensão e seu
segundo advento “em grande poder e glória” (Mt 24.30).
O enganador pode até se dar ao luxo de mostrar a bondade de Deus com palavras
encantadoras e exemplos históricos, mas não abre a boca para apresentar o outro
lado da moeda, a severidade de Deus, no intuito de fazer desaparecer o temor do
Senhor por meio do qual os homens evitam o mal (Rm 11.22; Pv 16.6).
Em sua peregrinação por este mundo, tome cuidado para não contratar o pior guia
turístico de todos os tempos. Jesus mandou que ele se retirasse de sua frente.
Faça você o mesmo!
Faça você o mesmo!
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