Por Rafael Jácome
No prefácio da 1ª Edição das Institutas (1536), Calvino afirmou o
seguinte:
“Pretendi apenas fornecer algum ensino elementar através do qual qualquer
pessoa que tenha sido tocada por um interesse na religião pudesse ser educada
na verdadeira piedade. E fui especialmente diligente nessa obra por causa do
nosso próprio povo da França. Vi muitos deles com fome e sede de Cristo, mas
muito poucos imbuídos com até mesmo um pequeno conhecimento dele. Que é isto
que propus, o próprio livro testifica através de sua forma de ensino simples e
até mesmo rudimentar”.
Essa primeira edição tinha apenas seis capítulos, que tratavam dos seguintes
temas: (1) A lei: exposição do Decálogo; (2) A fé: exposição do Credo dos
Apóstolos; (3) A oração: exposição da Oração Dominical; (4) Os sacramentos; (5)
Os cinco falsos sacramentos; (6) A liberdade cristã, o poder eclesiástico e a
administração política.
Na 2ª edição das Institutas (1539), o reformador passou a ter outro
objetivo em mente:
“Minha intenção nesta obra foi preparar e treinar de tal modo na leitura da
Palavra Divina os aspirantes à teologia sagrada que eles possam ter fácil
acesso à mesma e depois nela prossigam sem tropeçar. Pois penso que abrangi de
tal maneira a suma da religião em todas as suas partes, dispondo-a em ordem,
que todos os que a assimilarem corretamente não terão dificuldade em determinar
tanto o que devemos buscar de modo especial nas Escrituras quanto para que
objetivo devem direcionar tudo o que está contido nas Escrituras”.
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