Por Rafael Jácome
Clodomir
Santos de Morais em sua Teoria da Organização cita a existência dos graus de
consciência dos grupos sociais: o grau de Consciência Ingênua, o grau de
Consciência Crítica e o grau de Consciência Organizativa. Com a Consciência
Ingênua os indivíduos dão-se conta de seus problemas ou de sua miséria, porém
não chegam a identificar os fatores causantes. Atribuem ao fatalismo, chegam a
imaginar que os pecados dos homens ou o destino de cada um determina sua
miséria. Nestes casos, muitos dos grupos humanos buscam a solução de seus
problemas na morte, na vida eterna ou na resignação sistemática. Eles,
geralmente, estão inseridos na Economia Natural de produção de valores de uso;
No segundo caso, a Consciência Crítica os indivíduos já identificam os fatores
responsáveis por seus problemas, sua miséria, identificam a má distribuição dos
recursos (terra, capital, etc). Ela nasce com a Economia Mercantil e alcança um
amplo desenvolvimento com o próprio crescimento da Manufatura e da Indústria na
fase inicial do Capitalismo. É em seu marco que aparecem as concepções de lutas
de classes e da Revolução Proletária, cujas tentativas infrutíferas devem-se à
carência de organização adequada; No terceiro caso, aparece a Consciência
Organizativa onde se concebe a teoria e o planejamento sistemático da
organização, que é gerada na existência social organizada, real e concreta, ou
seja, na estrutura organizativa da empresa de produção de bens e/ou de
serviços. O público-objetivo de sua Metodologia da Capacitação são as pessoas
que estão as margens do processo produtivo, ou seja, os assim denominados
“excluídos sociais”.
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