Por Rafael Jácome
Mas, nada disto muda se o homem não
aceitar Jesus como o seu único e suficiente salvador. A
luz dos estudos exegéticos e históricos, é sempre mais comum, na teologia,
considerar que o amor de Deus se expressa na totalidade do mistério de Cristo:
de sua vida terrestre, de sua mensagem sobre o Reino, de seu compromisso com os
pobres, da eleição dos doze, de sua rejeição pelo povo judeu e de sua morte na
cruz, de sua ressurreição e exaltação, e do envio do Espírito Santo. Jesus é o
nosso caminho normativo, é objeto de nossa fé, lealdade e amor.
Como vemos em Mt 25. 31- 45, Jesus
se faz presente no pobre. Mas esta presença lhe custou à vida. No calvário, Ele
está unido aos homens, não na glória e no poder, mas em sua situação de maior
miséria e sofrimento. Ele espera que essa união se estenda por meio do serviço
e da caridade, a todos os homens, sem acepção de pessoas, porém focando no
pobre. O pobre é o predileto de Deus e Deus tem um amor especial pelo pobre.
Jesus afirma que Nunca deixará de haver pobres na terra (Dt 15.11), mas convida
a abrir a mão para o pobre na terra. Em Mc 14.7 encontramos que “os pobres
sempre os tendes convosco e, quando quiserdes podeis fazer-lhes bem” ou ainda
em Tg 2.5 “Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos
em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?” O cristão pode encarar o pobre como um próximo
ou como um objeto de estudo, mas pode-se encontrá-lo como um apelo, no qual
ninguém pode se esquivar. É o menor abandonado, o condenado à morte, o doente
incurável, a mulher violentada, o solitário e marginalizado, as vítimas de
atentados e das guerras, os drogados, os sem tetos, as multidões esfaimadas da
África, os excluídos sociais, ... O pobre está em toda parte! Sua presença é um
convite ou uma recusa ao amor. É um mistério.
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