Por Rafael Jácome
Durante os diversos períodos da
história da humanidade as religiões serviram como um instrumento de manutenção
de poder, garantindo privilégios para a elite dominante. Foram parceiras nos
processos econômicos, sociais, culturais e políticas e ideologias de opressão.
Os deuses davam a garantia da manutenção da ordem social e através dos seus
exemplos eram retiradas as premissas para a organização das comunidades.
No mundo pagão da antiguidade o
caos era sinal de poder, contanto que fossem obedecidas as suas regras e
autoridades. Os deuses egípcios, gregos e romanos, expressavam todas as crenças
e descrenças da humanidade, e, difundiram em grandes escalas a dicotomia da
vida humana. Em Roma onde o estado romano era o empresário deles, nunca houve
uma preocupação em resolver problemas entre os seus adeptos, aliás, além dos de
casa, a cada conquista de outras regiões, o número de deuses aumentava.
No período republicano conviveram
com uma multidão de deuses, onde se afirmava que existiam cidades com maior
número de deuses do que a própria população. Os sacerdotes eram responsáveis
pelo direito de regular as relações entre os homens, segundo a vontade dos
deuses, que a comunicavam apenas a eles durante as cerimônias religiosas. Eram
os sacerdotes que os comunicavam, caso por caso, constituindo-se desta forma
como os primeiros advogados de Roma. Esta estrutura foi sucumbida muito tempo
depois, após o surgimento do monoteísmo através do estoicismo e depois com o judaísmo e por fim, com o triunfo do
cristianismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário